Numa altura em que ainda existe algum desconhecimento sobre as oportunidades e regras específicas para o próximo Quadro Comunitário de Apoio, seis Grupos de Ação Local (GAL), portugueses e espanhóis, assumiram um compromisso de cooperação, com o intuito de melhor aproveitar as candidaturas que forem abertas para projetos de cooperação internacional, em diversas áreas de intervenção. A Desteque (Associação para o Desenvolvimento da Terra Quente, a Corane (Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina), a Douro Superior, a Raia Histórica, de Portugal, o GAL ADEZOS e o GAL POEDA, de Espanha, reuniram em Vila Flor, encontrando diversas áreas onde podem trabalhar em conjunto: “Desde a valorização e promoção de produtos à ação social, temos um enorme potencial de intervenção onde faz todo o sentido trabalhar em rede”, apontou o presidente da Corane, Artur Nunes. O presidente da Câmara de Vila Flor, Fernando Barros, anfitrião deste encontro, sublinhou a importância de trabalhar em parceria com Castela e Leão, territórios separados por uma fronteira mas com problemas semelhantes e realidades. “A nossas grande preocupação é criar condições para fixar a população, temos de encontrar caminhos para ajudar na promoção do emprego, no desenvolvimento integral do território”, referiu. Uma posição partilhada pelo presidente da Desteque, Duarte Moreno, convencido que o “espirito colaborativo, a definição de projetos com maior escala e dimensão, podem ser um importante contributo para a resolução de alguns problemas e para o progresso integral do território”. Do lado de Espanha, Javier Juanes, gerente do GAL Poeda, defende que se devem aproveitar os programas específicos destinados precisamente à cooperação internacional mas acrescenta que “é desejável que noutras áreas, mesmo sem os incentivos comunitários, se desenvolvam expedientes em conjunto”. Por fim Juan Garcia, gerente do GAL Adezos, confia na partilha e na permuta de saberes e experiências, como um primeiro passo importante para trabalhar numa verdadeiro espirito de cooperação. As Associações Douro Superior e Raia Histórica também se mostraram satisfeitas com as experiências do cooperação desenvolvidas no quadro ainda em vigor, manifestando total disponibilidade em manter este tipo de parcerias.
Já em novembro o grupo reúne novamente, desta feita em Miranda do Douro, para definir as áreas exatas onde a cooperação é desejável, para que quando abrirem as candidaturas a projetos de cooperação, possam estar prontos para avançar, rentabilizando ao máximo o tempo e as oportunidades que vierem a surgir.
“Estou certo que demos um primeiro passo, firme, para a constituição de um grupo de trabalho interessante, capaz de trazer novas ideias, projetos e investimentos para todo este vasto território, temos de deixar de pensar cada um por si e definir estratégias conjuntas”, rematou o anfitrião, Fernando Barros.